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Kutná Hora, a cidade onde fica a sinistra Capela de Ossos

  • Créditos/Foto:Divulgação
  • 01/Setembro/2017
  • Paulo Basso Jr.

Uma cidade que vale a pena ser visitada a partir de Praga, na República Checa, é Kutná Hora, declarada como Patrimônio Histórico pela Unesco em 1995. Basta alugar um carro ou ir a uma agência de turismo checa para contratar uma excursão rumo ao destino, situado a 66 km a leste da capital do país. Outra opção é fazer o trajeto de trem.

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O ponto alto do passeio é, sem dúvida, a Capela de Todos os Santos, localizada no bairro de Sedlec, cujo acesso se dá pouco antes do centro da cidade. Construída no século 14 sobre um antigo cemitério, a edificação é decorada com mais de 60 mil ossos humanos. Isso mesmo. Trata-se de um macabro ossuário criado por um monge quase cego que, por não ter o que fazer com os ossos retirados do cemitério, decidiu empregá-los no altar, em castiçais e candelabros, nos lustres (o maior deles é formado por todos os ossos que compõem o corpo humano), em seis torres em forma de pirâmides e até mesmo em brasões das famílias mais influentes da região. É verdade que não é muito agradável ser encarado por um monte de caveiras, mas a experiência é realmente única, pois poucos ossuários no mundo contam com tantos… ossos.

Bem ao lado da Capela de Todos os Santos e muito menos sombria, encontra-se a monumental Catedral de Nossa Senhora da Assunção. Originalmente gótica, a igreja foi incendiada por exércitos protestantes em 1421 e reconstruída no século 17 em um original estilo barroco-gótico. Diversas exposições são realizadas por lá entre abril e outubro, quando suas portas ficam abertas.

Paulo Basso Jr.
A sinistra Capela dos Ossos, em Kutná Hora

Ouro Preto dos checos

Já no centro de Kutná Hora, muitos brasileiros têm uma deliciosa sensação de déjà vu. Afinal, a cidade é a cara de Ouro Preto, com diversas ruas de paralelepípedos margeadas por um belo e colorido casario colonial. As diferenças são que não há ladeiras muito íngremes e que, no lugar de igrejas barrocas, são capelas góticas que surgem entre as casinhas, todas com aparência suficientemente marcante para que o visitante se lembre que está na Europa.

Tal como a cidade mineira, Kutná Hora ficou famosa pela exploração de minérios. Graças à abundância da prata em seu solo, transformou-se entre os séculos 13 e 15 em uma das cidades mais ricas da região. Tão rica que competiu econômica, cultural e politicamente com Praga a ponto de tornar-se sede do governo durante o reinado de Venceslau IV.  Era de lá que saia um terço de toda a prata comercializada na Europa e também a moeda Prague Groshen, um das mais valiosas da história por concentrar o metal precioso em mais de 90% de sua composição. Essas e outras histórias podem ser revividas no Museu da Mineração situado no prédio da Italian Court, onde funcionava a casa de fundição tida como uma das mais antigas que se tem notícia no mundo.

Divulgação
A linda Kutná Hora, na República Checa

Agora, imperdível mesmo é dar um pulo na Catedral de Santa Bárbara, cujas cinco torres em formato de agulha podem ser vistas de quase todas as partes de Kutná Hora. Situada às margens do Rio Vhchlice, a igreja gótica foi construída nos séculos 14 e 15. Por dentro, conta com diversos altares barrocos feitos por jesuítas no século 17 que, embora pomposos, não são capazes de esconder a principal peculiaridade da igreja: em vez de santos, o que mais se vê por lá são afrescos e estátuas que prestam homenagem a mineradores. Santa Bárbara, por sinal, é a padroeira deles.

Depois de tantas aulas de história, não há nada melhor que caminhar sem destino pelas ruazinhas estreitas de Kutná Hora. Boa parte delas sai na praça principal, a Palackého Námestí, e muitas guardam monumentos históricos, com a Igreja de São João Nepomuceno, de estilo barroco; a Casa de Pedra, mais famosa mansão burguesa da cidade; e a Fonte da Praça Maior, uma imponente construção gótica do século 13.

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Para fechar o dia numa boa, a dica é entrar em uma taverna para experimentar a típica culinária checa. Qual delas? Não importa. Vá na que achar mais simpática, pois todas contam com clima medieval, servem especialidades como goulash (guisado de carne) ou sopa de cebola e têm no cardápio a deliciosa (e forte) cerveja Dačický. Faça um brinde e volte feliz da vida para Praga.

Obs: Matéria original publicada na Edição Especial República Checa e Alemanha, da Viaje Mais.


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