A Fazenda Morros Verdes permite que os viajantes se hospedem em um autêntico ecolodge de luxo a apenas 70 quilômetros da capital paulista. Situada em Ibiúna (SP), a propriedade de 300 hectares reúne charmosos bangalôs, infraestrutura completa de lazer e muita sustentabilidade em meio à Mata Atlântica.

Passei um final de semana na acomodação e, neste post, conto o que encontrei e vivenciei por lá.

Fazenda Morros Verdes

A proximidade com São Paulo (SP) é um dos grandes trunfos da Fazenda Morros Verdes. Os simpáticos funcionários – todos moradores de Verava, bairro onde fica o ecolodge – recebem os hóspedes na recepção, que funciona como o principal local de convívio do complexo. É ali que fica o restaurante, o bar, a piscina ao ar livre, o redário e o ponto de encontro para as atividades da programação de lazer. A poucos passos há também um casarão com poltronas, mesa de sinuca na varanda, brinquedoteca e sala de estar com lareira.

Como a fazenda é enorme, o hóspede deve estar preparado para caminhar bastante, pois praticamente tudo fica a uma distância considerável da recepção. Eu achei os trajetos bem tranquilos e só andei a pé. Entretanto, se quiser, é possível se deslocar pedalando – há bikes disponíveis para uso gratuito em vários pontos estratégicos da propriedade – ou a bordo de carrinhos elétricos, que devem ser solicitados previamente.

Bangalôs na floresta

Maria Beatriz Vaccari

Os bangalôs de madeira da Fazenda Morros Verdes são uma atração à parte. Construídos em meio à vegetação, eles acomodam até quatro pessoas e são muito bem equipados.

Todas as unidades têm varanda privativa, grandes janelas (com telas para evitar a entrada de insetos) e vistas incríveis da região. Ar-condicionado, amenities, frigobar, cofre e televisão também fazem parte da infraestrutura das cabanas de luxo.

O sinal de celular é inexistente na região, mas todos os bangalôs e as áreas comuns da propriedade contam com conexão wi-fi de alta velocidade. Durante a estadia, a internet só caiu durante atividades em trechos de mata mais fechada, como trilhas.

Trilhas e conexão com a natureza

Maria Beatriz Vaccari

A programação é intensa. O melhor é que dá para participar de atividades comandadas por monitores ou se divertir por conta própria.

O Circuito do Conhecimento Cachoeiras, por exemplo, é uma trilha guiada que dura de 1h30 a 2h30, dependendo do ritmo dos participantes. A caminhada, que passa por partes densas da floresta e por várias cachoeiras, é cansativa, mas vale muito a pena.

A programação também inclui outras trilhas guiadas, como a do pôr do sol, que leva os hóspedes a um mirante no fim da tarde, e a noturna. Além disso, há caminhos menores e autoguiados, que podem ser percorridos sem o acompanhamento de colaboradores.

A conexão com a natureza também é incentivada por meio de outras atividades. Entre elas, destaca-se o voluntariado na hípica, no qual é possível ajudar no manejo dos cavalos. Caso queira, o viajante pode ainda agendar uma cavalgada (paga à parte) por um circuito de cinco quilômetros.

O plantio de mudas é outra atração bacana, principalmente para quem viaja com crianças. A equipe do ecolodge fala sobre a compensação de carbono e propõe que os hospedes plantem mudinhas de árvores nativas da Mata Atlântica.

Esportes e lazer 

Maria Beatriz Vaccari

Campo de futebol, slackline, disk golf e quadras de beach tennis são algumas das muitas atrações de lazer da fazenda. Os fãs de esportes também podem aproveitar o completíssimo ginásio poliesportivo, que tem quadra, piscina semiolímpica climatizada, jogos de mesa, squash, arco e flecha, academia e sauna.

Caso a preferência seja por esportes aquáticos, basta ir ao lago, onde é possível praticar stand up paddle e andar de caiaque. Um aspecto legal é que não é preciso fazer reserva, pois há sempre um instrutor por lá.

Para a galera mais radical, a dica é aproveitar a tirolesa Andorinha. Paga à parte, a atração tem 500 metros de extensão e permite que a galera contemple a beleza da floresta a 150 metros de altura.

A equipe do ecolodge também realiza passeios externos, que precisam ser agendados na recepção. As atividades variam desde visita a uma granja de ovos caipiras até tour por uma mineradora de areia, onde é possível ver de perto o processo de produção de diversos tipos de pedras.

Gastronomia

Maria Beatriz Vaccari

As diárias na Fazenda Morros Verdes incluem café da manhã, almoço, chá da tarde e jantar. Tudo que é servido no restaurante é fresquinho e orgânico, cultivado dentro da propriedade ou comprado de produtores locais.

Os buffets das refeições são simples e sem exageros. Não deixe de provar o palmito e o mel artesanal, que são deliciosos.

Quem quiser conhecer de perto os conceitos de gastronomia do complexo pode participar da experiência Da Horta ao Prato. Trata-se de uma visita à horta da fazenda para colher verduras frescas que serão utilizadas nas suas refeições.

Sustentabilidade

Maria Beatriz Vaccari

A sustentabilidade é um dos principais pilares da Fazenda Morros Verdes. As iniciativas ecológicas vão de ações pequenas, como não utilizar plásticos e trabalhar apenas com amenities livres de produtos químicos e não testados em animais, até grandes projetos, como a primeira usina de energia solar particular do Brasil.

A propriedade também utiliza conceitos de permacultura e agrofloresta para preservar a biodiversidade local – atualmente, cerca de 90% da Mata Atlântica da área já foi recuperada. Além disso, conta com hortas orgânicas, pomar de frutas, espaço para cultivo de plantas medicinais e apiário.

A água da chuva é captada, tratada com ozônio e reutilizada. Já o sistema de esgoto passa por um tratamento biológico capaz de produzir materiais como adubo, biogás e biomassa.